Com o avanço da medicina veterinária, a expectativa de vida dos animais tem sido cada vez mais longa. O fenômeno se dá principalmente por causa de fatores como conscientização da importância das vacinas, alimentação de qualidade e aumento da frequência com que os proprietários levam seus animais ao veterinário. Por outro lado, houve um aumento também na incidência de doenças que são típicas da terceira idade.
O tempo de vida de um animal doméstico pode variar de acordo com a espécie, raça e sua individualidade, mas geralmente os cuidados com o pet geriatra se iniciam aos 7 anos, e são diferentes dos cuidados indicados aos animais mais jovens. Enquanto que para um adulto é indicada apenas uma visita por ano ao veterinário, ao paciente geriatra são indicadas ao menos duas visitas ao ano. Em casos de que o animal já apresenta determinadas enfermidades, esse número pode aumentar devido à necessidade de orientação ao proprietário e tratamento do animal.
Nas consultas, o animal irá passar por exames de rotina para avaliação de olhos, boca, rins, coração e por exames complementares com o intuito de avaliar algumas enzimas e hormônios. Dentre as doenças mais esperadas pelo médico veterinário na fase geriátrica estão os problemas cardíacos, renais, periodontais, articulares e o câncer.
Grande parte dos animais idosos apresenta alguma alteração cardíaca. Sinais como dificuldade de respirar, tosse, cansaço excessivo após os exercícios e língua arroxeada são sinais claros de cardiopatias. Após consulta com o veterinário, o profissional pode indicar exames complementares como eletrocardiograma para confirmação do diagnóstico seguido do devido tratamento.
Já as doenças renais são causadas quando o rim perde a capacidade de filtração e não seleciona mais o que é bom e ruim para o organismo do animal, levando-o a sintomas como maior ingestão de água e eliminação de urina, emagrecimento, perda de apetite e vômitos.
A perda dos dentes também é frequente na terceira idade dos pets. O processo ocorre devido ao acúmulo do cálculo dentário (o tártaro) e pode ser prevenido pelo proprietário pela escovação. A remoção da placa dentária deve ser feita quando necessária, podendo haver perda de dentes no momento da cirurgia.
Acometendo principalmente cães idosos e obesos, as doenças articulares também são comuns nessa fase da vida. Sinais como deixar de subir em lugares altos e mancar caracterizam esses problemas. Exames simples como o raio-X podem confirmar o diagnóstico.
Em relação ao câncer, quanto mais cedo descoberto, maiores as chances de um tratamento efetivo. Os sintomas mais comuns nestes casos são: perda de peso, cansaço, apatia e o surgimento de alguma formação anormal pelo corpo do animal.
Além das visitas periódicas ao veterinário, uma alimentação adequada para animais idosos ajuda a combater os efeitos do envelhecimento. A administração de suplementos nutricionais com o objetivo de prevenir o surgimento de doenças e também dar suporte ao tratamento de problemas já existentes é recomendada.
Os passeios com o animal pela manhã ou final da tarde, quando temos menor intensidade da luz solar, ajudam a manter seu pet mais saudável, proporcionando qualidade de vida para seu velho amigo. Por Amanda Cologneze.
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